Ticker

6/recent/ticker-posts

As Relações Internacionais no Governo Bolsonaro: A Proximidade com Países Conservadores

Introdução

Durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), a política externa brasileira passou por uma transformação significativa. Com uma abordagem alinhada aos valores conservadores e um discurso crítico ao globalismo, o Brasil fortaleceu laços com nações que compartilham ideais semelhantes. Esta mudança se refletiu em parcerias estratégicas com países liderados por governos de direita, priorizando agendas econômicas, culturais e políticas baseadas em soberania e tradições nacionais.



As-Relações-Internacionais-no-Governo-Bolsonaro


A Agenda Conservadora na Política Externa


1. Alinhamento Ideológico

  • O governo Bolsonaro se distanciou de abordagens multilaterais consideradas alinhadas ao globalismo, preferindo construir relações bilaterais baseadas em afinidades ideológicas.

  • O chanceler Ernesto Araújo foi um dos principais articuladores dessa agenda, destacando a luta contra o "marxismo cultural" e a valorização de valores cristãos na diplomacia.

2. Laços com os Estados Unidos

  • A relação entre Bolsonaro e Donald Trump simbolizou uma era de forte alinhamento entre Brasil e EUA. Compartilhando discursos contra o socialismo, os dois governos colaboraram em questões como segurança, política comercial e resistência a regimes autoritários na América Latina, como Venezuela e Cuba.

3. Fortalecimento de Parcerias com Israel

  • Israel foi um dos principais aliados do Brasil durante o governo Bolsonaro. A proximidade com o premiê Benjamin Netanyahu resultou em acordos nas áreas de segurança, tecnologia e agricultura.

  • O apoio de Bolsonaro à soberania de Israel sobre territórios contestados e a promessa de transferir a embaixada brasileira para Jerusalém reforçaram essa relação.

4. Aproximação com a Europa Conservadora

  • Laços também foram fortalecidos com países liderados por governos de direita na Europa, como a Hungria de Viktor Orbán e a Polônia de Andrzej Duda. Essas relações destacaram interesses comuns em temas como família, soberania e críticas à imigração descontrolada.



Resultados-e-Impactos


Resultados e Impactos


1. Repercussão Internacional

  • Embora tenha sido alvo de críticas de setores progressistas, a política externa de Bolsonaro foi elogiada por lideranças conservadoras globais, que viram no Brasil um aliado na resistência às pressões do globalismo.

2. Avanços Comerciais e Tecnológicos

  • A proximidade com Israel resultou em investimentos e troca de tecnologia nas áreas de irrigação, cibersegurança e defesa.

  • Com os EUA, houve avanços significativos no setor comercial, como a ampliação de exportações de carne e outros produtos brasileiros.

3. Isolamento de Regimes Autoritários

  • A postura firme contra regimes como os de Cuba e Venezuela ajudou a isolar esses governos no cenário latino-americano, alinhando-se à política de pressão adotada pelos EUA.



Desafios e Críticas


1. Críticas de Multilateralistas

  • O distanciamento de organismos internacionais, como o Mercosul e a ONU, gerou tensões diplomáticas e levantou questionamentos sobre o impacto a longo prazo dessa estratégia.

2. Dependência Ideológica

  • Alguns analistas apontam que o alinhamento com governos de direita poderia limitar a autonomia da política externa brasileira em cenários futuros.



O governo Bolsonaro redefiniu a política externa do Brasil, enfatizando a proximidade com países conservadores e priorizando valores como soberania, tradições culturais e críticas ao globalismo. Apesar das críticas, essa abordagem consolidou alianças que fortaleceram a posição do Brasil como um ator importante no cenário conservador global, deixando um legado que ainda influencia os rumos da diplomacia brasileira.

Postar um comentário

0 Comentários